CABO BRANCO
07 08,96S / 34 47,77W João Pessoa, PB
Lp.B.10seg.46m.27M
Em 21 de abril de 1972 foi inaugurado em João Pessoa um farol no Cabo Branco,
marcando o que na ocasião era o ponto extremo leste do Brasil e das Américas. A
erosão lhe tirou este título, que hoje pertence à praia da Ponta do Seixas, na
vizinhança.
Devido à sua importante localização e pelo fato de ser
inaugurado durante as comemorações do sesquicentenário da Independência do
Brasil, sua construção também deveria ser algo especial.
Para tanto, foi realizado um
concurso aberto exclusivamente a arquitetos da Paraíba. O vencedor foi o
Engenheiro Pedro Abraão Dieb, que projetou uma torre triangular de concreto com
18 metros de altura onde se destaca uma marquise com três pontas, uma alusão ao
sisal, planta encontrada em toda a região e responsável por um dos ciclos econômicos mais
duradouros e lucrativos daquele Estado.
Inicialmente foi instalado o que havia de mais moderno em
aparelhos luminosos – um sistema
AGA com painéis rotativos de lâmpadas halógenas
seladas com 18 milhas de alcance. Porém, devido ao seu mau desempenho foi substituído em 1976 por um
sistema a gás acetileno. Uma nova lanterna de acrílico foi instalada em 1987,
quando o farol foi eletrificado.
O professor Pedro Abraão Dieb foi fundador do
Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba. Em
sua homenagem existe a proposta de rebatizar o farol com seu nome. Porém, a erosão vem destruindo gradativamente a barreira do Cabo Branco. Segundo o
professor Saulo Vital, do Departamento de Geociência da Universidade Federal da
Paraíba, “O Farol do Cabo Branco é um equipamento fadado a ruir. Se o processo
continuar neste ritmo, vai cair”. Talvez não haja tempo para a pretendida
honraria ao falecido arquiteto.