CABO FRIO

23 00,81S / 42 00,05W Ilha do Cabo Frio, Arraial do Cabo, RJ

Lp.B.10seg.140m.49M (setor visível : 231° - 118°) / Estação radio

 

Os naufrágios da fragata brasileira "Dona Paula" em 1827 e da inglesa "Thetis" em 1830 levaram o corpo legislativo a decretar a construção de um farol na ilha do Cabo Frio, importante ponto de inflexão da linha costeira envolto por correntes geladas da Antártida.

 

Inaugurada em 17 de fevereiro de 1836, a torre circular de alvenaria de aproximadamente 10 metros foi equipada com um sistema catóptrico de luz fixa com 18 lâmpadas á óleo e refletores parabólicos. Uma lanterna com vidros encarnados protegia o conjunto, importado da Inglaterra. A obra ficou a cargo do major Henrique Luiz de Niemeyer Bellegarde, tendo como mestre pedreiro Inácio Pereira Dias.

Antiga torre do farol do Cabo Frio

 

Construído a 390 metros acima do nível do mar no cume da ilha do Cabo Frio, o mais alto farol do Império Brasileiro era motivo de orgulho para a Província do Rio de Janeiro, o que se expressava em sua placa inaugural: “Imperando o muito alto e muito poderoso Príncipe D. Pedro II e sobre os auspícios do Ministro da Marinha, Joaquim José Góes Torres, propício aos navegantes se ordenou e começou em 1833 e acabou em 1836. A luz te salve e guie”.

 

Porém logo após entrar em operação, constatou-se a pouca visibilidade do sinal. A causa do problema foi a escolha inadequada do local, frequentemente coberto por nevoeiro.  Uma nova torre foi instalada mais abaixo, no Focinho do Cabo a 128 metros de altura.

 

O novo farol, de ferro, foi montado pelo engenheiro inglês Thomas Dixon Lowden (que na ocasião também trabalhava no projeto da ferrovia Camocim - Sobral, no Ceará) e inaugurado em 7 de setembro de 1861. Foi equipado com outro aparelho catóptrico de eclipses que lhe dava 20 milhas de alcance, substituído pelo atual dióptrico BBT de 1ª ordem em 1893.

 

A energia elétrica que alimenta o farol e as casas dos faroleiros é gerada por motores a diesel.