Castelhanos
23 10,05S / 44 05,57W
Ilha
Grande, Angra dos Reis, RJ
Oc (3) B.10seg.121m.27M (Setor visível 149°- 027°) / Estação radio
Descoberta por Gonçalo
Coelho em 1502, a "Ipaum Guaçu" (Ilha Grande) dos índios Tamoios já foi
refúgio de piratas, ponto de tráfico de escravos e de contrabando. Situada
12 milhas à SSE de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro, a ilha hoje
é uma APA (Área de Proteção Ambiental).
O tráfego marítimo na
região aumentou com a instalação do lazareto na Ilha Grande em 1886. Ali,
passageiros e tripulantes vindos do estrangeiro ficavam em quarentena antes
de desembarcarem em Santos ou no Rio de Janeiro, medida adotada para a
contenção de doenças contagiosas, principalmente o cólera.
Para segurança da
navegação, foi decidida em 1899 a construção de um farol na ponta de
Castelhanos, no extremo leste da ilha, sob direção do Almirante Graduado
Joaquim Antonio Cordovil Maurity, dando sequência ao projeto de ampliação da
rede de faróis.
Inaugurado em 6 de abril de 1901, o farol se constitui numa torre branca de alvenaria com 16 metros de altura, ladeada pelas acomodações para a guarnição. Seguem essa planta os faróis Macaé (RJ), Ilha da Paz (SC), Ponta do Boi e Queimada Grande (SP) inaugurados posteriormente.
Para que a luz alcançasse
as 21 milhas previstas no projeto, foi trazido da Bahia o sistema lenticular
dióptrico de 3ª ordem da marca
BBT que seria instalado no farol Morro do
Pernambuco, em Ilhéus. A eletricidade é fornecida por motores a diesel.