Pedra do Sal
02 48,22S / 41 43,76W Parnaíba, PI
Lp.B.6seg.15m.10M
A tradução do termo indígena Piauí,
rio de piaus refere-se ao antigo Rio Grande
dos Tapuias, rebatizado de Parnaíba pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Devido aos inúmeros encalhes e naufrágios que ocorriam na área da foz do
rio, a instalação de um farol já vinha sendo estudada desde a criação da
Capitania do Porto de Parnaíba em 1855.
Sobre um conjunto de rochedos que acumulam o sal trazido pelas ondas, foi
inaugurado em 4 de março de 1873 o primeiro farol do Piauí, integrante de um
plano de melhoria da iluminação costeira. O local de assentamento foi
escolhido pelo então 1º Tenente da Armada, José Maria do Nascimento Júnior.
Sua torre de ferro
octogonal branca de 12,5m foi equipada com um aparelho
dióptrico de luz fixa
de 4ª ordem. A montagem ficou a cargo do engenheiro piauiense Newton César
Burlamaqui. O farol fazia parte de um lote encomendado na Europa pelo
engenheiro Zózimo Barroso (ver farol
Itapuã). Seu alcance luminoso era de 10
milhas.
A construção de um farol
automático
AGA
na ponta das Canárias (à apenas 6 milhas de distância) fez
com que em 1919 Pedra do Sal fosse desativado. Sua lanterna foi desmontada e
o terreno, ocupado também por 2 casas, vendido.
Em 1923, atendendo à
reinvindicação dos pescadores da região, foi reaceso com uma lanterna AGA à
acetileno instalada no alto da antiga torre, que, cinco anos depois, teria
suas chapas de ferro substituídas por paredes de alvenaria. O farol Ponta da
Canárias foi desligado.
Em 21 de junho de 1973, foi
inaugurado um novo farol na ponta das Canárias, e o alcance de Pedra do Sal
foi diminuído pela metade (5 milhas), mas restabelecido pouco antes de sua
eletrificação em 1987.
Foto: Satie Marina Watanabe