CONCHAS

25 32,35S / 48 17,45W  Ilha do Mel, Paranaguá, PR

Lp.B.10seg.67m.25M (Setor visível : 146° - 004,5°)

 

Em 1854, logo após a emancipação da Província do Paraná (até então ligada à São Paulo), seu presidente solicita um farol na ilha do Mel para orientar o acesso ao porto de Paranaguá. O projeto inicial previa a instalação no interior da fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, porém optou-se pelo morro das Conchas, à quase 50 metros de altura do nível do mar.

 

O engenheiro Júlio Álvaro Teixeira de Macedo foi encarregado da montagem da torre de ferro circular de 17,6 metros, uma das 9 encomendadas pelo engenheiro Zózimo Barroso. Seu aparelho de luz era dióptrico de 3ª ordem de luz fixa branca, com alcance de 20 milhas.

Farol Conchas com as casas dos faroleiros (Orestes Augusto Alves)

 

Inaugurado em 25 de março de 1872, não possuía alojamento para os faroleiros, que, morando morro abaixo, só tiveram a oportunidade de morar ao lado do farol em 1885. Atualmente, são visíveis as ruínas do antigo depósito de materiais.

Depósito instalado após a automatização do farol (IBGE)

 

Em 1924 foi automatizado usando sistema AGA a gás acetileno com bicos de chama nua instalados no interior da lente original. Na ocasião sua característica luminosa foi alterada para 3 lampejos brancos a cada 15 segundos.

 

Operando atualmente com lanterna de acrílico instalada no interior da lanterna original envidraçada e alimentada por energia fotovoltaica, o farol foi a principal locação das filmagens de "A Ostra e o Vento", do diretor Walter Lima Jr. O filme trata de forma poética o drama do isolamento vivido por tantos faroleiros e suas famílias.