SANTA MARTA
28 36,23S / 48 48,76W Laguna, SC
Oc (3) BE.30seg.74m.46M (B) / 39M (E) (setores : B.056° - 045° / E. 045° - 056°)
Estação radio / Racon Z (--..) bandas S e X / Radiofarol SW (... .--) 310 Khz / Estação DGPS
Na região de Laguna em Santa Catarina, a chamada "Pedra do Campo Bom", ou “Laje
da Jaguá” é o principal obstáculo à navegação. O cabo de Santa Marta Grande nas suas proximidades seria
o lugar ideal para se construir um farol há muito requisitado pelos navegantes
daquele trecho e cuja necessidade já era apontada no relatório de 1880 do
Ministro da Marinha.
Sua luz deveria ter grande alcance, e para tanto foi
encomendado à empresa francesa
BBT um aparelho dióptrico
hiper radiante, o maior
instalado no Brasil. No continente americano existem apenas mais duas lentes
desse modelo: Makapuu Point, no Havaí e Cape Race, no Canadá. Sua montagem ficou
à cargo do mecânico francês Victor Alinquant.
A construção da torre de 29 metros de altura ficou a
cargo de José Gomes Serpa. Suas paredes feitas de pedra, conchas e óleo de
baleia têm dois metros de espessura. O farol inaugurado em 11 de junho de 1891
tinha 23 milhas de alcance luminoso. Um setor de luz encarnada indica a
localização da pedra do Campo Bom.
O farol foi eletrificado em 1941 com a instalação de
geradores a diesel, substituídos em 1981 pelo fornecimento direto da rede. O
local, no início habitado apenas pelos faroleiros, começou à atrair pescadores
que acabaram por criar o povoado que hoje é um dos principais destinos
turísticos do litoral Catarinense.