BARRA
32 07 07S / 52 04,61W São José do Norte, RS
Oc (6) B.21seg.32m.30M / Racon K (- . -) bandas S e X / Radiofarol RG (.-.--.) 290 Khz / Estação DGPS
Ligação entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, a então chamada "Barra
Diabólica" devido aos parcéis em seu entorno era sinalizada com duas grandes
balizas de madeira.
Em 1 de dezembro de 1820, foi instalado um farol no topo
da antiga torre do patrão-mor do porto, uma medida improvisada para que se
pudesse arrecadar o Imposto sobre Faróis instituído por D. João VI em 1818. Esse
farol ficou inutilizado após uma chuva de granizo.
Desde então, uma fogueira era acesa nas proximidades
dessa torre para orientar os navios. Em 1827 o presidente da província Salvador
José Maciel solicita ao Imperador D. Pedro I verba para a reconstrução do farol,
que só foi reaceso em 2 de agosto de 1842.
Em 1847 foi encomendada em Londres a atual torre de ferro
de 31 metros, sendo inaugurada em 18 de janeiro de 1852 graças à iniciativa do
Capitão dos Portos Antônio Caetano Ferraz, que conseguiu adaptá-la ao solo
arenoso da região.
Os
irmãos John e Francis Miers estiveram envolvidos na transação, portanto é
provável que o farol tenha sido fabricado em Norwich, Inglaterra por Barnard,
Bishop, and Barnards (Norfolk Iron Works), a exemplo do farol
Abrolhos,
também intermediado pelos sócios, na ocasião associados a John Maylor.
O
novo farol foi equipado com um aparelho de luz
catóptrico
de eclipses com alcance de 15 milhas, substituído pelo mecânico Victor Alinquant
em 1886 pelo atual
dióptrico de 2ª ordem
com respectiva lanterna da marca francesa
Barbier &
Fenèstre.
Originalmente pintado de vermelho, depois de roxo-terra, atualmente o farol apresenta faixas pretas e brancas. Ao seu lado, encontra-se restaurada a torre do patrão-mor, a mais antiga torre de farol ainda de pé no Brasil.